A notícia caiu como uma bomba: câncer no sangue (leucemia)! A pequena AB, 6 anos, não tinha ideia da maratona que lhe esperava.
Mudança geral. Ao invés da escola, o hospital; ao invés dos amigos, os médicos e enfermeiros. Saem as brincadeiras entram as injeções. Um duro golpe nela e, claro, na família.
Mas, criança que se preza não desanima e encara tudo com leveza (adulto é que estraga tudo). O tratamento começa e, junto com ele, a terrível quimioterapia. O hospital compatível com o plano de saúde não tem grande estrutura.
Passam-se longos meses de internação (sem sair do quarto!!!) e, lamentavelmente, nossa amiga não melhora com a quimio. A solução, então, é o transplante de medula. AB necessita, com urgência, de um doador. Depois de testes, ufa, sua irmã, AC, é compatível e pode fazer a doação que salvará a vida da pequena e, a esta altura, não mais loirinha.
Só que no Rio de Janeiro, apenas o GRAAC, instituição filantrópica, faz esta delicada cirurgia. Imaginem a fila de espera... Outra opção seria em São Paulo, no luxuoso Hospital Sírio Libanês - local acostumado a receber grandes celebridades como o ex-vice presidente e o ator Reynaldo Gianecchini.
O plano dela não cobre o Sírio Libanês. Apenas um laudo médico atestando o grave caso e indicando o pomposo Hospital como única solução salvaria nossa princesa. Parece simples e obvio o laudo, certo? Errado! Com um laudo deste o plano seria obrigado a custear a cirurgia e todo o tratamento num dos hospitais mais caros do país. A conta seria uma fortuna. O plano pressionou o hospital do Rio a não emitir nenhum laudo, sob pena de descredenciamento, o que seria uma catástrofe financeira para o hospital carioca.
Mesmo colocando o emprego em jogo, Dr. P. - quiçá um anjo da guarda em carne e osso - emitiu o laudo e, na reunião para ouvir o esporro, disse: "faria pela minha filha, faço pela AB, caso discordem é só me demitir!".
Mesmo com o laudo plano recusou. Mas, diante da prova, não foi difícil para AB conseguir uma liminar determinando sua internação e tratamento no Sírio Libanês.
E lá foi nossa guerreira para São Paulo em mais uma etapa.
Renata (minha dignissíma) que atendia AB como palhaça no hospital do Rio, foi visitá-la em São Paulo. Ao comunicar ao hospital carioca ainda teve que ouvir da diretora: "Que bom! Então vou preparar uma lembrancinha...". "Legal, AB vai adorar!!!" - respondeu Renata. "Mas não é pra ela, é pro Sírio Libanês... nessas horas sempre é bom estabelecer contatos..." - concluiu a infeliz. Você entregou a lembrancinha? Nem a Renata, que se fez de tonta e se esquivou do assedio da diretora.
Seu tratamento vai muito bem! Ela e a irmã estão em plena preparação para a cirurgia, sendo tratadas como merecem, com status de celebridade! No último sábado (21.8.11) AB recebeu, inesperadamente, duas visitas, que agitaram seu quarto.
Na foto, ela ensina que a vida vai muito além dos limites impostos pelas paredes de um quarto, e garante que quando estiver recuperada a primeira coisa a fazer será um mergulho numa banheira repleta de frutas e pétalas de rosas.
E não é que ela já está ficando com desejos de pop star?!?!
E não é que ela já está ficando com desejos de pop star?!?!
FORÇA LEUCÓCITO!
2 comentários:
Show! Deus abençoe ela e vocês tambem.
MT MT BOM. M A R A V I L H O S O o texto a historia e a visita de vcs. amo vcs.
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