“Quem julga as pessoas não tem tempo de amá-las” (Madre Teresa da Calcutá)
Mais difícil do que amar ao próximo é amar quem está próximo: vizinhos, pais, irmãos, parentes...
Nos indignamos com abandono de crianças na rua, mas somos incapazes de acolher nossos pais sem qualquer tipo de julgamento.
Ficamos revoltados com a violência, e temos, na ponta da língua, os motivos que nos levam a odiar um parente/amigo que nos fez mal.
Admiramos os Médicos Sem Fronteiras, mas não nos movemos para conhecer quem não por acaso cruza nosso caminho: porteiro, garçom, empregada, faxineira.
Não nos exige tanto auxiliar quem não conhecemos, pois não julgamos, não precisamos confrontar sentimentos feridos.
Talvez aí esteja o motivo e a grandeza do ato: modificar-se. Exercer e ampliar um amor adormecido.
Fazer barganha com nosso amor, nossa atenção, apenas para pessoas que, em nosso limitado julgamento o mereçam, é mesquinharia! É muita presunção.
Ajudar discordando do comportamento demanda grandeza, desprendimento, faz reverter a roda da tristeza, da solidão de quem mais precisa.
Nos liberta de ser obrigado a desgostar de alguém. Alivia a alma.
Talvez por isso cada vez vemos mais crianças e idosos abandonados, violência, almas miseráveis...