domingo, 28 de fevereiro de 2010
flashes 9
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Convidados 5
A convidada dispensa apresentações. É a dona da minha casa, das minhas cuecas e do meu coração. Ela faz um mingau de farinha láctea show de bola!!! Mia, Renata Arechavala.
Maranhão – São Luis – Alcântara - Maria Batissá
Aeeee Povo bom! Gente sem frescura!
Chegando no restaurante de Maria Batissá, em Alcântara, somos recebidos pela própria, com os braços abertos:
“Bom dia, sejam bem vindos ao meu restaurante, a casa está aberta assim como meu coração!”.
Sensacional!!
A manchete antiga de jornal emoldurada na parede apresenta um pouco de sua vida. É nítido que o passado violento não inibiu a autenticidade dessa mulher forte que “pariu”, segundo ela, alguns filhos sozinha.
“Morava num lugar tão longe que podia gritar de cair o queixo que ninguém me ouvia”.
Ri muito ao ler que ela tinha a língua pregada e não conseguia falar batizar e sim batissá. Daí o apelido. Como fonoaudióloga achei incrível "língua pregada" ao invés de dislalia ou qualquer outro nome técnico.
O conceito de que prateado e dourado não combinam não se aplica à Batissá que surge cheia de colares, anéis e pulseiras. Douradas e prateadas. E nessa mistura desfila seu visual extravagante num vestido vermelho pelo corredor do restaurante enquanto vai buscar cerveja ou algumas fotos para compor seus "babados"...
Batissá (60 anos) é uma figura de deixar qualquer um de boca aberta pelo que diz e como diz. Suas histórias nos fazem rever conceitos e nos mostram novas maneiras e posturas de viver e ver a vida.
Pérolas como:
“Só mostro aos outros o que é meu” (se referindo à casa muito humilde que não teve vergonha de apresentar ao seu namorado francês - 30 anos mais jovem).
“Nunca tive vergonha de nada que é meu”.
Fazem sentido; mas só para as pessoas que são o que realmente são ... :)
Batissá é o tipo de mulher que dá vontade de passar uma tarde conversando para ouvir as histórias e opiniões, mesmo que não concorde, ou que sejam apenas invenções; vale para abrir os horizontes, viajar e rir.
Saímos ouvindo uma frase de um bate papo entre ela e uma amiga “Na minha vida não há problema que não se resolva... então não tenho problemas!”.
Aeeeee!! É isso aí Batissá, arrasou, Gata!!!:)
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Ellite x Botafogo United
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Exercitando a crasse
Personalidades 4
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Viagem de Carnaval
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Excelências à parte 3
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
flashes 8.1
- "Tirem as coisas da sala que eles estão chegando!"
Foi com esta simpática frase que fomos recebidos, na casa da amiga de um amigo meu, em Búzios, no reveillon 1997/1998, para uma viagem que renderia (para todos nós) histórias inesquecíveis.
A casa era grande e bonita. As meninas (dona da casa e suas amigas - não conhecia nenhuma delas) estavam em confortáveis, amplas e refrigeradas suítes; em duplas ou com seus namorados. Tinha uma playboizada de São Conrado e dois gays também.
Para nós, foi reservado um quarto pequeno, sem banheiro, sem ar condicionado, sem ventilador e com apenas duas beliches. Então, tivemos que nos dividir assim:
Na beliche da direita eu embaixo e Samy em cima; na beliche da esquerda Ricardo embaixo e Coelho em cima. Macaco no chão entre as duas camas. Duda (que forrou o chão com jornal e lençol - "tá social!" - dizia ele, a todo momento, referindo-se à sua cama), Alexandre (em cima de uma almofada sem lençol), Guilherme (idem) e Rodrigo (num colchonete) ficaram um ao lado do outro, no chão, num pequeno espaço entre as beliches e a porta.
Parecia um presídio ou um chiqueiro, pois no segundo dia, o quarto já estava cheio de areia, cerveja, resto de comida e aquele cheiro...
Na geladeira da casa, tudo era dividido. Cada um com suas coisas. Os gays com suas geléias, as meninas com seus croissants e a gente comendo pão com ketchup, maionese e mostarda.
O Coelho só foi dar falta da escova de dentes no terceiro dia. O Guilherme só andava de cueca (zorba) pela casa, escondendo o seu... digamos, salário mínimo e o Duda no tradicional: "tá social".
Do nada, sem nenhum propósito, um dia o Macaco catou todo o lixo da casa (inclusive o que já estava ensacado na lixeira) e fez uma montanha de lixo no jardim atrás do nosso quarto. Quando a dona da casa viu, deu-lhe um esporro e o obrigou a colocar tudo em seu devido lugar... O esporro foi todo filmado, ao vivo, com narração e comentários do Samy: "Iiiiiiiiiiiiiiaaaaaaeeee, levou moral!"
Tem também um momento sublime e romântico do Guilherme fazendo número 02 no banheiro, apoiando o pé direito na bancada da pia e o esquerdo na borda da privada (parecendo uma aranha). Devido a distância entre a poupança dele e o vaso, quando o barro mergulhava na privada, respingava àgua no Alexandre, que estava ao seu lado, escovando os dentes!!!Não falei que era romântico?
Lembram da frase inicial desta postagem??? Isso não ficaria assim... o pior é que elas tinham toda a razão...
(Mais histórias desta viagem no flashes 8.2...)
sábado, 6 de fevereiro de 2010
convidados 4
A convidada é a Simone. A conheci de uma forma original. Foi o seguinte: Fiz uma matéria com ela na faculdade. Do nada, um colega de turma me confundiu e falou pra ela "vi esse cara outro dia rezando uma missa", então Simone não teve dúvidas e me perguntou: - "Oi, bom dia. O sr. é padre?" Ri muito e assim ficamos amigos. Em sua formatura, ela recitou um texto, de própria autoria, denominado 'aos ausentes', em homenagem ao recente falecimento de sua avó. Achei muito bonito. Vamos à ele. "Nesta noite não podemos deixar de remeter àqueles que durante algum, muito ou pouco, tempo de nossa vida, estiveram presente e que hoje estão nos assistindo, embora não estejam mais diante de nossos olhos. Para eles, pessoas importantes na construção do que somos hoje, essas são as palavras. Se hoje não posso lhe dar um forte abraço e chorar no seu ombro a alegria da minha conquista, não me desespero, pois sei que sua felicidade de me ver vencendo mais essa etapa se faz presente, pois a morte significa apenas um passo para evolução do ser humano e os laços que nos unem não foram rompidos pela mesma. Ausência física não significa ausência de espírito. Vocês não estão distantes, já que estão impregnados em muito do que somos e fazemos. Nossos ausentes estão muito vivos em cada ato que praticamos, a cada vitória que vivenciamos e a cada fruto que colhemos. Claro que os queríamos aqui, presentes fisicamente, mas sabemos que estão bem, no melhor lugar que pode haver, e vibrando conosco por esta conquista. À vocês, invisíveis, hoje, aos nossos olhos, mas eternamente presentes em nossa memória, em nosso coração, muito obrigada por tudo, pelo carinho dedicado a cada um de nós e como diz uma certa música, 'não te trago ouro porque ele não entra no céu, te trago meus versos, simples, mas que fiz de coração'." Segue o link com o vídeo da apresentação: |
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
filmes
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
flashes 7
Convidados 3
O convidado da vez é Taiyo Omura. Improvisador, músico, ator, cineasta, poeta, remador, bloggero e japonês, ele é craque no que faz (e no que fuma... dã! desculpem a piada).
O blogg dele "limitedapalavra.blogspot.com" (altas poesias) e sua seção "lembranças", me inspiraram a montar este blogg e a criar a seção "flashes". Temos muito o que aprender com os nossos japoneses. Vamos ver o que vem por aí..
"Uma brincadeira chamada amigo
1994. Senna ainda estava vivo. A seleção, não me lembro bem, era tetra, ou não. O que eu me lembro é do Leblon. O Leblon tinha um charme, uma coisa praiana, picolé Itália de côco, com pedacinhos da fruta perto do palito. Tinha o cara do Dragão Chinês, com sua voz inconfundível. Tinha o cara das balas com o "teleque-teque", aquele pedaço de madeira com um metal que faz barulho. Eu morava pertinho da praia.
Era um japonês moreno, ensolarado, quase um havaiano. O legal era brincar na areia e no mar. Gostava de pisar naquelas areias que ficam duras, quebradiças. Era gostoso, aqueles quadradinhos, tipo gelos de areia, para esfarelar com os pés e com as mãos, com a surpresa de talvez encontrar uma daquelas joaninhas de areia, que eu chamava de fumiga.
A brincadeira "Amigo" era semelhante. Mas tinha uma diferença crucial: necessitava de outra criança. De preferência, um menino de rua, ou pobre, mal vestido. Um daqueles meninos que hoje eu chamaria de pivete. Pois é, eu geralmente brincava com eles. Eram os que aceitavam brincar. Consistia no seguinte: ou eu, ou o outro, íamos para frente do mar. Esperávamos a onda chegar. Quando estivesse bem próxima, com o perigo inevitável do caixote, gritávamos: "AMIGOOOOOOOOOOOOOOO!!!". O que gritou tomava o caixote e, enquanto estava tomando-o, o outro que observava de longe teria que salvá-lo, como num resgate desses que se vê no cinema. Não me lembro muito bem o que acontecia depois. Mas sinto que depois de umas três ou quatro vezes ficávamos cansados. Sem se despedir direito, e talvez nem sabendo o nome do outro, cada um ia pro seu canto. Brincar na praia. Será que nos encontraremos de novo, "Amigos" diversos? Cruzaremos por uma rua dessas, seremos colocados numa situação extrema? Necessitaremos da ajuda um do outro? Uma coisa é certa: cada um foi para o seu lado. A maré sempre leva, e a gente não percebe."