O resultado positivo do teste
de gravidez não foi uma boa notícia para Fábio, o pai. Afinal, ele já não estava mais namorando com
Gabriela, tinha apenas 22 anos, sequer havia concluído a faculdade de direito. Não estava no script.
Fabio tinha tudo planejado pelos pais: curtir, se
formar, passar num bom concurso público.
Gabriela, a mãe, 36
anos, vivia da ajuda da vó e não aceitava o
fim do relacionamento. Tinha
até uma passagem mal explicada pela polícia.
Os pais se
prontificaram a pagar uma bela pensão pro menino e alugaram um apartamento
próximo.
Com o nascimento o que
a família temia aconteceu. Gabi largou o apartamento foi morar no
interior do estado com a avó. 400 Km de distância! Passou a não atender mais os
telefonemas e, nos poucos contatos, só admitia visitas aos domingos. Aos poucos, passou a sair aos domingos sem dar explicações. Era uma
longa viagem de ida e volta em vão. A situação foi se agravando até que ficaram
dois meses sem contato!
Fábio estudou muito sobre o caso e foi à justiça garantir o direito de visitação ao menino. Liminar concedida, agora poderia ver seu filho todos os finais de semana. Baita vitória. A esta altura, já estava tão envolvido que passou a estagiar num escritório de advocacia especializado em direito de
família.
Quando foi fazer a
primeira visita a seu filho, na portaria do
prédio o esperava um camburão com dois policiais. Fabio não poderia se aproximar de Gabriela, sob pena de prisão.
Dias antes, Gabriela noticiou na
delegacia uma ameaça de agressão e, se aproveitando da Lei Maria da
Penha, conseguiu uma ordem judicial para que Fábio não se aproximasse dela. E do menino, claro, pois tinha apenas sete meses.
Tudo mentira!!! Que sujeira, Fabio
estava alucinado!!! Gabi tocava na pior ferida.
Como se alguém que não sabe perder pegasse o
organizado tabuleiro da vida dele e jogasse pro alto, não deixando uma peça no
lugar!!! E era Fábio que tinha de arrumar tudo.
(em solidariedade aos amigos disléxicos, continua numa próxima postagem...)