quinta-feira, 18 de março de 2010

Ellite 16 x 10 Amigos do André - lance primoroso!!!

O jogo transcorria em ritmo de treino. Até ocorrer um lance mágico, digno de placa. Um gol com a patente do gênio. O relato a seguir é reprodução fiel do acontecimento, sem exageros ou descontos:

Data: 17/03/2010. Lançamento de 50 metros do goleiro Juninho (prometo não citar mais meu nome). A bola viaja à procura de um pé afável que possa dominá-la com carinho. Do outro lado do arco-íris estava o pote de ouro.


Com o calção na altura das axilas, camisa pra dentro, meião erguido, caneleira tamanho GG, coluna encurvada (barriga pra frente / peito pra trás) e os braços soltos, o Phresidente, com um sorriso no rosto, espera pela sua amada, talvez antevendo o espetáculo que estaria por vir.



Batata! Com o lado externo do pé direito, nosso craque dá um chamego diferente na pelota e a deixa paralisada, boquiaberta. Neste momento, a chuva acalma e as nuvens se afastam, como se os Deuses do futebol estivessem pedindo licença para acompanhar o momento. 

No segundo ato do espetáculo, o Camisa-nove (com 'c' maiúsculo) avança pra cima do marcador, chamando-o para dançar. O coitado, duro que nem uma porta, não aguenta nem o primeiro remelexo e é driblado facilmente, soltando um curioso "Ih caralho!", como se estivesse surpreso por ser mais um João no extenso currículo do nosso artilheiro. 

Phresidente, em perfeita sintonia com todos os elementos que o rodeavam, encara o amendrontado goleiro. O mundo para. Volta a girar. O lance ganha contornos dramáticos. Os Deuses se levantam. A fera balança para o lado direito e toca a bola para o esquerdo, enganando o indefeso guarda-metas rival. A bola vai descansar o sono dos justos no fundo da rede, fechando em grande estilo o terceiro e último ato do espetáculo.


Tchan, tchan , tchan, tchan!!!


clap clap clap clap...

Um comentário:

Anônimo disse...

SENSACIONAL! A descrição do gol foi tão primorosa quanto o seu lançamento e o próprio gol em si.

Um gol desses, que Pelé certamente assinaria, merecia ficar mesmo imortalizado numa crônica como essa, digna de um Nelson Rodrigues.

É o resgate do futebol arte e da crônica de priscas eras!

É o futebol romântico de volta!

Viva! Viva! Viva!

Abs, PH